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O que é essa tal de PANC?

Aroeira/Pimenta Rosa
Recentemente, entraram na moda umas plantinhas chamadas PANC (Plantas Alimentícias Não Convencionais). Entrou na moda agora, mas já são velhas conhecidas dos mais antigos, do pessoal do interior, dos botânicos, enfim, que bom que entrou na moda! Assim mais gente tem a oportunidade de brincar de caça às PANC como eu tenho feito a cada caminhada pelas ruas e parques da cidade. Ah, e é assim mesmo que se escreve PANC sem "s" mesmo no plural, porque já se refere a plantas.

Eu, desde muito tempo, não corto "matinhos" e não deixo ninguém cortá-los, muito menos colocar veneno neles, no meu jardim eu abro um caminho para passar e o resto fica por lá mesmo. Tenho aprendido muito e parece que agora meus olhos só enxergam as PANC.

A primeira que conheci foi a ora-pro-nobis. Por eu ser vegana procuro alimentos que tenham bastante proteína e descobri há um tempo que essa folhinha é chamada de "carne de pobre" em alguns lugares de Minas, onde é bastante conhecida. Comecei comprando as folhas na EcoFeira da Granja, vendidas em saquinhos que para mim não davam para muita coisa, por isso, fui atrás de uma muda para plantar e poder colhê-la em casa mesmo. Uma vizinha me deu a muda e hoje não preciso comprar mais, só disputo com as formigas que detonam quando a encontram. O uso dela é super tranquilo. Pode-se comer as folhas e flores (que são lindinhas) e tanto pode ser crua ou cozida. Eu, claro, a coloco em tudo, desde o suco verde até na sopa, passando pelo molho de tomate.

Depois dela aprendi que aquela florzinha que a gente assopra, o dente-de-leão, também é uma PANC! Muito legal, porque essa a gente encontra aos montes por aí. Mas, também aprendi que existem muitas folhas parecidas com ela e que se está sem flor fica mais difícil de acertar qual é qual. Aliás, nem tudo é PANC! E por isso temos que tomar o maior cuidado para não sair catando e colocando as mãos ou comendo qualquer coisa.

Digo isso, principalmente porque tem uma folhagem bem comum, a taioba, que é facilmente confundida com taioba brava e inhame.

A taioba brava é tóxica - NÃO É PANC!, pinica a língua e garganta e pode causar até choque anafilático em alérgicos.

taioba brava - talos roxos
taioba brava
corte acima das folhas não atinge o talo
taioba brava















Agora eu sei a diferença e esses dias fotografei uma que achei ser a famosa taioba, enviei para um grupo de identificação e acertei.

taioba - talo verde
taioba
taioba


taioba












Eu estava num parque próximo a minha casa,
então a colhi e a levei para tomar no meu sucão vivo.
Poder preparar o alimento (cru ou cozido - tem pra todos os gostos) com o que você mesmo colheu é muito libertador, muita reconexão com a natureza esquecida por causa dos alimentos encontrados em prateleiras de mercado.

Alimentação VIVA de verdade é aproveitar o que a natureza oferece.

Experimente fazer esse exercício também, comece pelas fáceis, por uma hortinha, um pomar, e vá acrescentando conhecimento e sabor à sua vida!

Outras PANC:

 

 



E para quem se interessou, hoje no SESC POMPÉIA haverá um curso gratuito sobre elas!
https://www.sescsp.org.br/online/artigo/11939_ALIMENTACAO+SAUDAVEL+E+PANC

Viva a alimentação viva!



Depois de um curso super legal sobre alimentação viva com a Patrícia A. Sampaio no Ulabiná em Cotia fiquei encantada com novas possibilidades e facilidades para uma alimentação adequada e saudável.



Nunca imaginei comer cogumelos crus, por exemplo! O cardápio foi bem completo, desde suco verde até moqueca, passando por chia pudding e terrine de manga com maracujá e muitas dicas e orientações sobre essa linha de dieta curativa.


Uma coisa curiosa foi ver que algumas pessoas achavam que alimentação viva era com bichos vivos (minhocas, insetos, eca!) e outras achavam que era com brotos germinados.

Na verdade, alimentação viva significa que os alimentos devem ser consumidos crus, ou aquecidos até no máximo 40ºC, uma temperatura suportável para nosso tato, que não destrói os nutrientes.


Eu já tomava suco verde há tempos, mas adotei a nova receita, muito mais energética e com a diferença crucial: coado! As fibras não devem ser consumidas em tanta quantidade (afinal não somos ruminantes...), deixemos para ingerir as fibras só na salada mesmo.

Agora meu "super suco vivo verde" tem: salsão, erva-doce, cúrcuma, gengibre, folhas verdes (alface, couve, taioba, o que tiver em casa), pepino, ervas da horta (salsinha, cebolinha, coentro, hortelã, orégano), ora-pro-nóbis, folha de amoreira, maçã e o que mais eu encontrar de Panc pelo terreno.

Tudo orgânico! Batido no liquidificador e depois peneirado no chinuá (peneira beeem fininha ou tecido fino), acrescentado de suco de limão e voilá...deixa qualquer um pronto pra mais um dia! 












E essa foi só uma das receitas... ainda tinha muita coisa boa. O melhor de tudo foi provar cada prato após a receita e ainda ter almoço incluído nos esperando no final.

Aos pouco eu vou colocando a mão na massa e trago pra cá!








No próximo post falarei mais sobre as Panc (plantas alimentícias não-convencionais) outra mania minha do momento e que dá uma alegria danada quando encontramos alguma pelo caminho!