Tudo o que pintar para ajudar nossa vida a ser mais saudável e nosso planeta mais viável.

UM PEDIDO ESPECIAL DE NATAL - CHOCOTONE VEGANO

Acabando de sair do forno

Coberto com açúcar de confeiteiro e enfeite natalino


Atendendo ao pedido mais que especial da minha filha, resolvi me arriscar a fazer um chocotone sem leite e sem ovos. A receita foi baseada numa normal adaptando alguns ingredientes.

Depois de esperarmos ansiosamente a massa crescer no sol - o que me lembrou minha avó e seus pãezinhos... Colocamos no forno e o cheirinho foi ficando irresistível, mas foi quando comemos que vimos que realmente tinha dado certo! Ficou uma delícia! Testada e aprovada pela vizinhança e principalmente pela minha cliente especial. 

A receita rende um chocotone de 1kg, mas coloquei em 2 formas menores (os das fotos) e o que sobrou coloquei em forminhas de cupcake e deram 12. Esses não sobraram nem para a foto...

Segue a receita:

Ingredientes

Fermento: 
1 1/2 pacotinho de fermento biológico em pó
 50g de açúcar 
125ml de água morna
150g de farinha de trigo 
Massa: 
100g de margarina vegetal (Becel)
80g de açúcar 
1 col chá de CMC (compra-se em casa de artigos de confeitaria/de festa e serve para substituir os ovos na consistência e para dar liga - foi a primeira vez que o utilizei e gostei do resultado)
2 colheres de sopa de óleo 
40ml de leite de soja (ou outro vegetal) 
1 colher de sopa de essência de panetone 
1 pitada de sal
300 de farinha de trigo  

Recheio:
Para Chocotone - 280g de gotas de chocolate sem leite
Para Panetone -  200g de uvas passas e 200g de frutas cristalizadas  

Modo de Preparo

Fermento:
Amasse com as costas de uma colher o fermento com o açúcar e um pouquinho da água, até dissolver bem. Acrescente aos poucos, alternadamente, a farinha e a água. Cubra a vasilha com filme plástico (cobri com um pano de louça mesmo) e deixe crescer, de preferência no sol (é bem mais rápido e cresce bastante) ou em cima do forno quente

Massa:  
Numa vasilha coloque o açúcar e o sal. Vá adicionando o óleo, a essência, margarina e o fermento. Misture tudo com as mãos, no final, se necessário, coloque o leite aos poucos. Sove bastante a massa, muito bem, até que fique bem lisinha. Cubra novamente e coloque para crescer, de preferência em lugar aquecido, como sol ou em cima do forno quente, até dobrar de volume. Após crescida, misture os ingredientes do recheio, frutas cristalizadas e passas para panetone ou gostas de chocolate para chocotone. Sove novamente, faça 2 bolas e coloque em 2 formas para panetone de 500g. Pode também dividir a massa em 8 ou 10 partes e colocar em formas para panetone de 100 g (como os da foto). Deixe crescer por cerca de 30 a 60 minutos, em lugar aquecido. Leve para assar à 180º.

Espero que gostem e que tenham a mesma sorte que eu de dar tão certo da 1a. vez!

Biscoito de Polvilho Vegano

 

Um dia desses fomos viajar e no caminho paramos num posto e compramos biscoito de polvilho daqueles pacotões. Claro que minha filha não poderia comê-los, pois normalmente são feitos com ovos e leite. Eu já sabia disso, então prometi a ela que faríamos o especial dela assim que chegássemos em casa.

E está aí o resultado! Biscoitos crocantes e quentinhos. O único segredo é a espessura do biscoito, quanto mais fino mais crocante e quanto mais grosso mais molinho por dentro. Ela levou pra escola numa festinha e foi o maior sucesso. Tivemos que repetir a dose no dia seguinte. Ainda bem que a receita é muito fácil! Experimente!!!




Ingredientes:
2 copos de polvilho azedo
1 copo de água fervendo
2 colheres de sopa de óleo de milho
1 e 1/2 colher de sobremesa de sal

Misture o polvilho e o sal numa vasilha e vá adicionando a água quente já misturada ao óleo. Mexa bem com um garfo. Com as mãos faça cobrinhas bem fininhas e corte no tamanho desejado. Coloque em uma assadeira revestida ou unte com óleo dando um espaço grande entre eles e leve ao forno bem quente. Asse os biscoitos em temperatura média/alta por aproximadamente 35 minutos ou até dourarem.

Fonte: Cozinha Vegetariana - Biscoitos. Autora: Caroline Bergerot


Agora para as férias é um lanchinho que com certeza irá agradar a criançada.

Bom proveito!


Cupcake Vegan da Gio - sem leite e sem ovos


Em homenagem ao programa "Papo de mãe" que vai ao ar neste domingo (18/12/12) às 16h no Canal Brasil, uma receitinha fácil e rápida (e bem gostosa) para os alérgicos a leite e ovos.



Esse cupcake faz o maior sucesso. É bem prático e não precisa nem usar batedeira. Depois de prontos eu os congelo e sempre que tem alguma festinha não sou pega desprevenida. É só pegar no congelador e colocar na lancheirinha junto com uns pedaços de Torta de liquidificador e pronto. A festa já pode começar!




Ingredientes:
- 1 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo
- 1 colher (sopa) de fermento químico em pó
- 1 xícara (chá) de açúcar
- Uma pitada de sal
- 2 colheres (sopa) de chocolate em pó (eu uso o do "padre" mesmo) ou cacau em pó
- 2 colheres (sopa) de óleo
- 1 colher (sopa) de vinagre branco (de maçã ou de vinho)
- 1 xícara (chá) de água

- 1 receita de ganache de chocolate
- Confeitos de açúcar (você compra pronto no mercado aquelas estrelinhas ou granulados, só fique atento aos rótulos, pois não são todas que são isentas de leite)

Modo de preparo:
Pré-aqueça o forno em 180ºC. Arrume as forminhas de papel na forma de cupcakes ou empadas.  Separe.

Peneire a farinha de trigo, o sal e o fermento em pó. Adicione o açúcar. Coloque o restante dos ingredientes e bata bem com um fouet, até obter uma massa líquida e homogênea. Preencha 3/4 das forminhas com a massa. Leve ao forno até que fiquem firmes (aprox. 20 minutos).

Ganache de chocolate
Ingredientes:
- 1/3 xícara (chá) de creme vegetal (margarina sem leite Becel, Mesa)
- 3 colheres (sopa) de água
- 2 xícaras (chá) de chocolate em pó (do Padre ou cacau ou chocolate sem leite picado)

Modo de preparo:
Derreta o creme vegetal em banho maria. Adicione a água e com um fouet misture bem.
Por último, adicione o chocolate e vá mexendo com o fouet para que derreta e fique um creme. (Usei um pouco de maizena aos poucos para dar ponto). Espere esfriar antes de usar. Espalhe a cobertura nos cupcakes ou use um bico de decorar e finalize com os confeitos de açúcar.

A criançada adora e fica uma graça! Mesmo quem não tem restrição gosta porque não tem nada de soja e a textura fica igual ao dos bolos convencionais.


No blog "Chubby Vegan" e no livro "Cozinhando sem crueldade" tem muitas receitas gostosas e dicas legais que me ajudaram bastante. Eu sempre aprendo um pouquinho aqui e ali, junto, adapto ao paladar e ao que tenho em casa e pronto.


O importante é não passar vontade e fazer a vida do alérgico ser o mais normal possível!





Irresponsabilidade: irregularidade nos rótulos. CHOCOLATES GAROTO




 
Este post é um alerta para os ALÉRGICOS e também aos VEGANOS: cuidado com os rótulos dos alimentos. Neste caso: CHOCOLATES GAROTO. 
 
 Como já disse em algum momento por aí no blog, tenho uma filha de 6 anos que é alérgica desde o nascimento. Essa alergia é bastante séria e complexa. Ela é alérgica a leite e derivados, ovos, poeira, pólen e pêlo de animais e apresenta diversos sintomas, desde simples coceiras a angiedema e insuficiência respiratória, tendo inclusive ido parar por 2 vezes na UTI.

Descobrimos a alergia ao leite nos primeiros meses de vida, pois apresentava sangue nas fezes mesmo sendo apenas amamentada e por isso nem pude continuar dando de mamar. Desde então, ela toma apenas fórmulas especias a base de soja e nem contato na pele com o leite de vaca ela pode que já apresenta reação. Hoje em dia, suas reações estão diminuindo e este ano comemoramos que não tenha tido nenhuma internação apenas reações medicáveis em casa mesmo.

Quem me conhece ou conhece alguém com alguma limitação desse tipo, sabe como é complicada a vida do alérgico e também da mãe que procura oferecer de tudo para que a criança não passe vontade demais. Vontade vai passar, não tem jeito, é muita proibição, mas desde que me vi com uma filha com tantas impossibilidades, quis poder oferece-lhe um mundo um pouquinho mais gostoso e grande parte da minha vida é procurar substitutos ao que ela não pode comer.

Com isso, parte da nossa vida é buscar coisas que ela possa comer, pois praticamente tudo vai leite/ovos ou pelo menos pode conter traços pois são feitos em máquinas que em algum momento utilizam leite para algum produto. Passo horas no mercado lendo rótulos e pesquisando e aprendendo receitas novas. Não por acaso me aprofundei na culinária vegana que por não conter nada de origem animal é a melhor saída para alimentá-la principalmente fora de casa.

Numa dessas buscas, encontrei um chocolate da Garoto, um meio-amargo, que não continha em seus ingredientes nem leite/derivados e nem mencionava traços. Ficamos muito felizes, pois os chocolates que ela pode são mais caros e difíceis de encontrar. Demos apenas um pedacinho para ela experimentar, pois por ser muito sensível ela no mesmo instante sente a garganta arder caso haja algum vestígio de leite. E foi o que aconteceu. Estávamos super felizes por termos encontrado um chocolate "comum" que ela pudesse e no final foi frustante para todos e bastante estressante passar a noite na expectativa de uma reação mais grave. Como já sabemos que providências tomar a medicamos e ficamos observando. A reação foi superficial, apenas coceira e um pouquinho de inchaço nos olhos, mas depois de uns dias voltou ao normal. 

Passado esse incoveniente, entrei em contato com o SAC da Garoto e para minha surpresa a atendente respondeu que CONTÉM LEITE nos ingredientes, e que se trata de uma mistura do chocolate ao leite com o amargo. Isso é de uma irresponsabilidade absurda além de ir ferir o código do consumidor. Disseram ainda que eu deveria entrar em contato com o SAC antes de comprar algum produto e falar com a nutricionista. Você consegue imaginar uma coisa dessas?

Fui ao PROCON que me orientou a procurar um advogado e eu não quero apenas indenização, eu quero que com isso possamos reinvindicar das autorizades uma melhor fiscalização, punição e compromisso das empresas com o que colocam na nossa mesa. Se uma informação preciosa dessas pode ser omitida, o que mais não se omite nos rótulos?

Pelo código do consumidor as empresas tem a obrigação de informar os ingredientes e alertar a possíveis riscos. Mas quem fiscaliza? Nesse caso ela percebeu e se fosse uma pessoa que não tem essa sensibilidade e tivesse comido o suficiente para ter uma reação mais grave? Quero uma cláusula na lei assim como é obrigatório descriminar a presença de glúten que seja também para alergênicos que são muitos mais presentes na população do que celíacos (sensíveis a glúten). 

Torta Vegan de Liquidificador


Essa receita é uma adaptação minha para uma receita do livro Cozinhando sem crueldade de Ana Maria Curucelli. No original ela usa farinha de trigo integral junto com a branca e não coloca maizena. No recheio acrescentei a escarola pra ter mais cor e nutrientes. 

Acabei de tirar do forno e comemos quente mesmo... o recheio acaba ficando mais molenga, então é melhor esperar esfriar um pouco! As crianças adoraram e repetiram. 


Ingredientes

Massa: 
4 xic farinha trigo 
1/2 xic maizena 
3 xic água 
1/2 xic óleo 
1 col sopa fermento em pó 
Sal a gosto 

Recheio: 
1 cx seleta legumes escorrida 
1 cx milho escorrida 
1/3 tomates picados 
1 xic azeitonas picadas 
1/2 cebola picada 
5 folhas de escarola fatiadas 
Salsinha a gosto 
Orégano a gosto 
Sal a gosto 

Preparo:
Bater no liquidificador os ingredientes da massa (ir colocando aos poucos o líquidos e em seguida a farinha para não queimar o liquidificador). Reservar. 
Misturar os ingredientes do recheio numa tigela a parte. 
Numa assadeira untada adicionar aproximadamente 1/2 da massa e em seguida colocar o recheio e cobrir com o restante da massa. 
No forno pré-aquecido a 180 graus assar por 40 minutos e fazer o teste com um garfo ou palito antes de tirar do forno. 

Aproveite a receita da massa e varie os recheios. Você também pode deixar mais saudável se substituir metade da farinha branca por farinha integral.
_______________


Enquanto a burocracia impera, a vida sucumbe.

Sou moradora da Granja há 8 anos. Já me considero uma Granjeira apesar de ter nascido e crescido em São Paulo. Vim com meu marido para cá em busca de um pouco de sossego e de bastante natureza. Queríamos criar nossos filhos com qualidade de vida e segurança e aqui ainda podia ser considerado um refúgio.  Em nossa primeira visita à Granja fomos apresentados a uma casa encantadora, com lago ao fundo, muito verde e animais silvestres. O encanto foi tanto que mesmo visitando outras propriedades, já sabíamos que tinha sido aquela primeira a nossa futura casa.

Bom, essa introdução é para me fazer entender em meu pedido de ajuda. A Granja já não é mais a mesma em vários aspectos, e na maioria a mudança foi para pior. Mais trânsito, menos segurança, menos natureza, mais descaso. E para piorar a sensação de que as coisas não vão bem, estamos tendo um problema ambiental e não conseguimos uma solução.

No começo deste ano, no final de Janeiro, depois de um dos já conhecidos e temidos temporais de verão, o lindo lago que dá fundo à minha e a outras casas vizinhas começou a esvaziar. Fomos verificar o que havia acontecido e descobrimos que a comporta que o cercava se rompeu e com isso o nível do lago baixou demais e não conseguiu voltar ao seu normal.

Nesse lago contamos com a presença de inúmeras espécies de peixes, vários patos, marrecos e tartarugas, além de visitantes frequentes que vem para procriar e se alimentar como garças, biguás, lagartos e até mesmo capivaras.

Por se tratar de uma área de proteção ambiental e por termos consciência da importância de um ecossitema como esse, imediatamente procuramos a Polícia Ambiental e foi aberto um B.O. junto ao 1º Batalhão que enviou uma viatura ao local para verificar o ocorrido (02/02). Fomos orientados a entrar em contato com a Administração do Fazendinha, pois o caso não era da alçada deles. Eles também falaram com a responsável pela Administração e a orientaram sobre as providências a serem tomadas.

Foi aberto um processo, anexando fotos e o histórico e assim começou a busca pelo órgão responsável. Depois de passar por vários departamento de vários órgãos chegou-se a Defesa Civill e lá empacou na autorização da obra de reparação da comporta. E pelo visto parece que ainda vai longe.

Segundo informações da Administração do Fazendinha antes do Carnaval um engenheiro estava executando um projeto junto à Defesa Civil, mas até a última posição em 14/03 era de que "estava em aprovação". O Fazendinha é o responsável pelo andamento e solução do caso, mas depende dos órgãos competentes para liberação da obra. Enquanto isso, ficamos de mão atadas esperando uma solução.

Por nós, maiores interessados, já teríamos resolvido a situação, com recursos e vontade próprios, mas não podemos. É illegal, é crime passível de prisão e inafiançável. Podemos ser presos por tentar cuidar de algo que os órgãos competentes não cuidam.

Gostaria que a famosa burocracia não fosse superior a existência do nosso lago. Já se passaram 2 meses do ocorrido e nada foi feito. Estamos falando de vida e caso a vida desses animais não justifique uma ação imediata, que se pense no impacto ambiental para as gerações futuras. Pode parecer pouco e de pouco impacto, mas se não lutarmos pelo que está próximo não podemos reclamar quando isso tudo acabar. 

Como granjeira, cidadã e amante da natureza e da vida conto com a sensibilização das autoridades para conseguirmos manter o pouco que ainda resta desse refúgio.

Uma receitinha para os alérgicos e para os Veganos! Sem ovos e sem leite... e uma delícia.

Essa receita é minha "salvadora da Pátria". Minha filha é alérgica a leite e ovo desde que nasceu e com isso fui atrás de tudo o que fosse gostoso que ela pudesse comer. O mais seguro é o que é Vegano (não usam nada de origem animal) e essa receita foi adaptada com algumas dicas que peguei pelo caminho.  Nela não vão leite nem ovos e fica realmente uma delícia. Faço uma receita e corto em pedaços para congelar e sempre que temos uma festinha pegamos um pedaço no congelador e ela não passa vontade na hora do parabéns. Temos outras dicas e receitas, mas essa aqui é a campeã. Fica parecendo um brownie e todo mundo aprova, mesmo quem está acostumado com os bolos tradicionais.


BOLO ESPECIAL DA GIO:
3 xic farinha trigo
2 xic açúcar
1 xic chocolate pó
3 col chá de vinagre
1 col fermento
1 xic água fervente
1 xic óleo



Não tem muito segredo no preparo, como um bolo normal bata tudo na batedeira enquanto o forno é pré-aquecido, coloque numa assadeira média e asse em forno médio por 30 minutos. 
A cobertura também é fácil. Numa panela em fogo médio coloque um pouco de maizena dissolvida em água e a mesma medida de chocolate em pó e uma colherinha de Becel, mexa até formar uma espécie de mingau e coloque sobre o bolo frio e desenformado.

Agora para a criançada que fica esperando pelo ovo mesmo, hoje em dia está fácil de encontrar ovos de Páscoa sem leite. Algumas marcas fáceis de encontrar são: Olvebra (Mundo Verde), Solys (mercados bons), Chocolah (é orgânico e a fábrica fica na Raposo Tavares). Só que nenhum deles tem brinquedo dentro e como a criançada acaba esperando por isso mesmo, então acabo abrindo o ovo "especial" e coloco algum brinquedinho dentro. É muito legal ver a alegria dela de poder curtir como as outras crianças!






Intoxicação em tempo integral. Essa é a nossa dieta.

Mais uma pesquisa e mais um resultado alarmante. Produtos industrializados mostram-se cada vez mais nocivos ou tão maquiados para parecerem saudáveis que somos enganados o tempo todo. No entanto, mesmo os naturais e diretos da fonte, ou melhor da plantação/horta/pomar, estão tão contaminados, seja pela água, seja pelos agrotóxicos que não ficamos seguros nem comendo do pé do nosso quintal. Vamos continuar atrás das informações para não nos deixarmos enganar. Só a consciência e o conhecimento podem fazer com que se mude alguma coisa. Tranquilo mesmo, só quem não está muito preocupado com nada disso, por ignorância ou por falta de interesse. Pode-se pensar que a ignorância seja uma benção, mas só se for no presente. Os frutos dessa falsa benção aparecerão lá na frente.

__________________________


16/02/2012 - 13h45

Estudo encontra arsênico em fórmulas infantis e barras de cereais orgânicas vendidas nos EUA.

Do UOL - Em São Paulo

Os pesquisadores detectaram níveis de arsênico em fórmulas infantis que têm como ingrediente o xarope de arroz integral orgânico.Americanos que imaginam seguir uma dieta mais saudável pelo fato de consumir produtos orgânicos devem se preocupar: estudo publicado no periódico Environmental Health Perspectives mostrou que barras de cereais e fórmulas infantis que levam o rótulo de orgânicos contêm arsênico, substância que pode aumentar o risco de câncer.
O estudo apontou a presença do composto no xarope de arroz integral orgânico, ingrediente que em geral é usado como alternativa mais saudável ao xarope de milho.
Foram analisadas 17 fórmulas infantis, 29 barras de cereais e três energéticos para atletas comprados em lojas de orgânicos de New Hampshire. As marcas não foram divulgadas no estudo, por isso não há como saber se alguns desses produtos são vendidos em lojas brasileiras.
Os resultados indicam que algumas barras de cereais têm concentrações 12 vezes maiores que o limite permitido pela Agência de Proteção ao Meio Ambiente do país para a água, de 10 partes por bilhão (ppb).
A exposição crônica ao arsênico é associada a risco de câncer de bexiga, pulmão e pele, além de diabetes e doenças cardiovasculares, segundo a agência.
O pesquisador Brian Jackson, do Darmouth College, em Hanover, afirmou que não está claro se a quantidade de arsênico presente nos derivados do arroz pode ser prejudicial à saúde, mas a presença do composto em alimentos infantis preocupa. Ele recomenda que pais evitem comprar produtos com o ingrediente.
Duas das fórmulas infantis que possuem o xarope de arroz integral como base apresentavam níveis de 20 a 30 vezes maiores que o de outras marcas.
Vinte e duas das barras de cereais continham pelo menos um derivado de arroz, e níveis de arsênico que variavam de 23 a 128 ppb. Os produtos que não possuem arroz na formulação apresentaram níveis bem menores, de 8 a 27 ppb.
Em relação aos energéticos para atletas, todos continham xarope de arroz integral na fórmula e apresentavam de 84 a 171 ppb de arsênico. Se uma pessoa consumir quatro desses produtos vai ingerir 10 microgramas de arsênico, quantidade equivalente a um litro de água com as concentrações máximas permitidas do composto.
Arroz
O arsênico ocorre naturalmente no meio ambiente e também pode ser resultado da atividade humana, já que alguns pesticidas contêm a substância. A planta do arroz absorve arsênico com muita facilidade, não só por sua fisiologia, mas também porque áreas cheias de água, onde ocorrem as plantações, são mais propensas a apresentar o composto.
Outra pesquisa recente, feita por Andrew Meharg, da Universidade de Aberdeen, na Escócia, mostrou que o arroz produzido nos EUA (especialmente no sul) tem um dos níveis mais altos de arsênico do mundo, e alertou que fórmulas infantis vendidas no país são feitas com esse alimento.
É considerado comum que o arroz contenha 100 ppb de arsênico, mas foram encontrados níveis acima de 2.000 ppb em amostras adquiridas nos EUA e no Japão.
A quantidade de arroz consumida capaz de afetar a saúde é desconhecida. Mas estima-se que ingerir 10 gramas de arsênico ao longo da vida aumente o risco de doenças como câncer. Para alcançar essa quantidade, seria preciso comer uma tonelada de arroz.
O FDA (Food and Drug Administration), órgão que regulamenta alimentos e drogas nos EUA, afirma que limita a quantidade de arsênico na água e considera o assunto uma questão de saúde pública. Ainda que os níveis encontrados no arroz sejam maiores que os achados na água, é muito difícil que alguém consuma o alimento na mesma proporção que bebe água.

Somos cobaias de qualquer forma.

Sempre se dará um jeito de que produtos que fazem mal cheguem ao consumidor embalados em rótulos bonitos e promessas milagrosas. Mas não importa se em maior ou menor grau, o fato é que seremos sempre cobaia de produtos químicos, aditivos, conservantes e tóxicos em geral. Em outro post eu já tinha comentado sobre toxinas nos cosméticos e inclusive nos infantis, mas não nos basta ler rótulos que na maioria das vezes não compreendemos, até porque não estará escrito a real composição do produto. Ou você acha que algum dia estará um aviso de que "contém x substâncias tóxicas que podem fazer mal a saúde" como hoje acontece nos cigarros? 

Às vezes, informações como a que segue abaixo chegam até nós, mas e as que não chegam, ou, e até chegarem, quanto não estamos nos intoxicando sem saber.

O melhor para a saúde é evitar ao máximo o que não é natural, pois para a indústria o que interessa é o lucro sempre. Para se opor a essa lei do consumo devemos partir do princípio de que o artificial é prejudicial até prova em contrário e não o oposto. Não podemos esperar e pagar pra ver com nossa saúde. Recuse-se a ser cobaia.


_________________


Estudo detecta chumbo em 400 batons vendidos nos EUA

Do UOL
Em São Paulo

Pesquisa recente feita pelo governo americano com os 400 batons mais vendidos no país detectou níveis elevados de chumbo na composição dos cosméticos. Segundo o Washington Post, a discussão sobre a quantidade de substâncias químicas nas maquiagens não é novidade, mas a escala do material encontrado foi superiro a outros estudos já realizados.
Cinco batons da L'Oréal e da Maybelline, marcas da L'Oréal americana, estavam entre os 10 mais contaminados, segundo o teste da agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos (FDA). Além disso, dois produtos da Cover Girl, dois da Nards e um da Stargazer também figuraram na listagem.
O resultado da análise dos componentes presentes nos cosméticos acirra a discussão entre os integrantes da Campanha por Cosméticos Seguros e o governo americano. Há anos o grupo pressiona o governo para que haja regulação no nível de chumbo nos batons.
O FDA defende que os níveis do componente encontrados nos batons não representa risco à segurança dos consumidores, ainda que o mais recente teste tenha apresentando quantidades superiores ao primeiro.
Os integrantes da Campanha, por sua vez, afirma que a vigilância sanitária do país não tem estudos científicos que comprovem que de fato o uso do batom não cause nenhum prejuízo à saúde das mulheres, especialmente as grávidas e as crianças.
Os primeiros relatos de chumbo em batons tiveram início nos anos de 1990 e, em 2007, o grupo Campanha por Cosméticos Seguros testou 33 batons vermelhos para provar que eles excediam o limite aceitado pelo FDA de chumbo em doces. O órgão apontou a comparação como inválida, pois os batons não são feitos para ingerir, como os doces, e em 2008 fez os primeiros testes próprios em 20 cosméticos.
A cientista do Conselho dos Produtos de Cuidado Pessoal, Halyna Breslawec, em entrevista ao Washington Post, declarou que o chumbo não é acrescentado pelas empresas. Segundo ela, eles estão presentes nos corantes feitos a partir de minerais que são aprovados pela vigilância sanitária.

Quanto menos toxinas no nosso corpo melhor.

TEXTO ELABORADO PELA "CAMPANHA PERMANENTE CONTRA OS AGROTÓXICOS E PELA VIDA"  RESPONDENDO A MATERIA DA REVISTA VEJA "A VERDADE SOBRE OS AGROTÓXICOS"

QUEREMOS COMPARTILHAR COM VOCÊ. É IMPORTANTE!

“CINCO ESCLARECIMENTOS SOBRE AGROTÓXICOS, ALIMENTOS ORGÂNICOS E AGROECOLÓGICOS.

27 de janeiro 2012.

   Na primeira semana de 2012, veículos da mídia de grande circulação divulgaram informações parciais e incorretas sobre o uso de pesticidas nos alimentos.

   Nós, da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, contestamos essas informações e, com base no conhecimento de diversos cientistas, agrônomos, produtores e distribuidores de alimentos orgânicos, aproveitamos essa oportunidade para dialogar com a sociedade e apresentar nossos argumentos a favor dos alimentos sem venenos.

1 - O nome correto é agrotóxico ou pesticida e não “defensivo agrícola”.
   Como afirma a engenheira agrônoma Flavia Londres: “A própria legislação sobre a matéria refere-se aos produtos como agrotóxicos.”
   E o engenheiro agrônomo Eduardo Ribas Amaral complementa: “Mundialmente o termo utilizado é ‘pesticida’. Não conheço outro país que adote o termo ‘defensivo agrícola”.

2 - O nível de resíduos químicos contido nos alimentos comercializados no Brasil é muito preocupante e requer providências imediatas devido aos sérios impactos que gera na saúde da população.
   Voltamos a palavra à engenheira agrônoma Flavia Londres: “A revista se propõe a tranquilizar a população, certamente alarmada pelo conhecimento dos níveis de contaminação da comida que põe à mesa. Os entrevistados na matéria são conhecidos defensores dos venenos agrícolas, alguns dos quais com atuação direta junto a indústrias do ramo. Os limites ‘aceitáveis’ no Brasil são em geral superiores àqueles permitidos na Europa – isso pra não dizer que aqui ainda se usam produtos já proibidos em quase todo o mundo”.
   O engenheiro agrônomo Eduardo Ribas Amaral nos traz outra informação igualmente importante: “A matéria induz o leitor a acreditar que não há uso indiscriminado de agrotóxicos no país, quando a realidade é de um grande descontrole na aplicação desses produtos, fato indicado pelo censo do IBGE de 2006 e normalmente constatado a campo por técnicos da extensão rural e por fiscais responsáveis pelo controle do comércio de agrotóxicos”.

3 - Agrotóxicos fazem muito mal à saúde e há estudos científicos importantes que demonstram esse fato.
   Com a palavra a Profª Dra. Raquel Rigotto, da faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará: “No Brasil, há mais de mil produtos comerciais de agrotóxicos diferentes, que são elaborados a partir de 450 ingredientes ativos, aproximadamente. Os agrotóxicos têm dois grandes grupos de impactos sobre a saúde. O primeiro é o das intoxicações agudas, aquelas que acontecem logo após a exposição ao agrotóxico, de período curto, mas de concentração elevada. O segundo grande grupo de impactos dos agrotóxicos sobre a saúde é o dos chamados efeitos crônicos, que são muito ampliados. Temos o que se chama de interferentes endócrinos, que é o fato de alguns agrotóxicos conseguirem se comportar como se fossem o hormônio feminino ou masculino dentro do nosso corpo; enganam os receptores das células para que aceitem uma mensagem deles. Com isso, se desencadeia uma série de alterações – inclusive má formação congênita; e hoje está provado que pode ter a ver com esses interferentes endócrinos. Pode ter a ver com os cânceres de tireóide, pois implica no metabolismo. E cada vez temos visto mais câncer de tireóide em jovens. Pode ter a ver com câncer de mama. E também leucemias, nos linfomas. Tem alguns agrotóxicos que já são comprovadamente carcinogênicos.Também existem problemas hepáticos relacionados aos agrotóxicos. A maioria deles é metabolizada no fígado, que é como o laboratório químico do nosso corpo. E há também um grupo importante de alterações neurocomportamentais relacionadas aos agrotóxicos, que vão desde a hiperatividade em crianças até o suicídio.”
     De acordo com o relatório final aprovado na subcomissão da Câmara dos Deputados que analisa o impacto dos agrotóxicos no país (criada no âmbito da Comissão de Seguridade Social e Saúde), há realmente uma “forte correlação” entre o aumento da incidência de câncer e o uso desses produtos. O trabalho aponta situações reais observadas em cidades brasileiras. Em Unaí (MG), por exemplo, cidade com alta concentração do agronegócio, há ocorrências de 1.260 novos casos da doença por ano para cada 100 mil habitantes, quando a incidência média mundial encontra-se em 600 casos por 100 mil habitantes no mesmo período.
Como afirma o relator, deputado Padre João (PT-MG), “Diversos estudos científicos indicam estreita associação entre a exposição a agrotóxicos e o surgimento de diferentes tipos de tumores malignos. Eu concluo o relatório não tendo dúvida nenhuma do nexo causal do agrotóxico com uma série de doenças, inclusive o câncer”, sustenta. Fonte: Globo Rural On-line, 30/11/2011.

4 - Não é possível eliminar os agrotóxicos lavando ou descascando os alimentos já que eles se infiltram no interior da planta e na polpa dos alimentos.
   A única maneira de ficar livre dos agrotóxicos é consumir alimentos orgânicos e agroecológicos. Não adianta lavar os alimentos contaminados com agrotóxicos com água e sabão ou mergulhá-los em solução de água sanitária ou, mesmo, cozinhá-los. Os resíduos do veneno continuarão presentes e serão ingeridos durante as refeições.
Além disso é importante lembrar que o uso exagerado de agrotóxicos também faz com que estes resíduos estejam presentes nos alimentos já industrializados, portanto, a melhor forma de não consumir alimentos contaminados com agrotóxicos, é eliminar a sua utilização

5 - Os orgânicos não apresentam riscos maiores de intoxicação por bactérias, como a salmonela e a Escherichia coli.
   Segundo a engenheira agrônoma Flávia Londres: “Ao contrário dos resíduos de agrotóxicos, esses patógenos– que também ocorrem nos alimentos produzidos com agrotóxicos – podem ser eliminados com a velha e boa lavagem ou com o simples cozimento”.

A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida recomenda o documentário “O Veneno está na Mesa”, de Silvio Tendler, totalmente disponível no site da campanha (www.contraosagrotoxicos.org) bem como todos os materiais disponíveis na página.
Participe você também nos diferentes comitês da campanha organizados nos diversos estados do Brasil, para maiores contatos envie e-mail para contraosagrotoxicos@gmail.com 

Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.
Secretaria Operativa Nacional
fone: (11) 3392 2660 / (11) 7181-9737
site: www.contraosagrotoxicos.org