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O vilão dessa história: o açúcar.

Você com certeza conhece a estorinha infantil "João e Maria". Dois irmãos que passeando pela floresta se perdem pelo caminho e ao procurar um lugar seguro para passarem a noite acabam encontrando uma casinha linda, inteirinha feita de doces, um paraíso. E são recepcionados por uma senhora muito boazinha que os convida para entrar. Lembrou? E você deve se lembrar de como ela continua. Por trás daquela delícia, o que eles encontram ao acordarem pela manhã? A casinha maravilhosa virou um castelo de uma temível bruxa que os aprisionou e fez deles seus escravos, a Maria tinha que cozinhar e o João tinha que engordar para virar uma refeição da bruxa. Até que eles, espertos que são conseguem enganar a bruxa e fugir.

Poderia ser apenas uma fábula para crianças, mas podemos muito bem usá-la aqui para ilustrar o que temos por trás do doce veneno chamado açúcar.

Esse é apenas um dos venenos, mas de tão usado é deles que vamos falar. O vilão dos dias de hoje é erroneamente considerado um carboidrato como outros naturalmente encontrados, mas na verdade ele é apenas um composto químico patogênico, isento de nutrientes, adiciona apenas calorias vazias, desidrata, rouba vitaminas e minerais do organismo, vem acompanhada de toxinas, causa cárie e contribui para inflamações crônicas e generalizadas. A lista de doenças diretamente associadas é extensa e a cada dia os pesquisadores descobrem mais malefícios. Obesidade, diabetes, câncer, cárie, doenças cardiovalsculares, são alguns exemplos fáceis.

Desde os anos 80 alguns cientistas e teóricos tentam alertar para esse perigo e um título ficou particularmente conhecido: Sugar Blues. Apesar da fama e polêmica, os efeitos de suas revelações são pouco notados e nossa dieta continua a ser completa e desnecessariamente açucarada. Outros autores se arriscaram a combater o açúcar, mas é uma luta muito difícil. Somos acostumados ao sabor desde muito cedo, aprendemos que o doce é uma recompensa e com isso vamos nos intoxicando ao longo de toda a vida sem nem mesmo nos darmos conta.

Eu, como formiga convicta reconheço a dificuldade que é abrir mão desse sabor, mas substituo sempre que posso por adoçantes naturais (sucralose, estévia, Agave), não adoço sucos, café, chá. Resumindo, um pacote de açúcar em casa praticamente fica fechado por muito tempo. Meus filhos só experimentaram açúcar depois de completarem 2 anos de idade. Hoje em dia, eles até comem, mas com moderação e controle. Adoram gelatina e eu faço com suco de fruta (sem adoçar, claro), já fiz bolo com Agave, que apesar de caro não amarga. E doces de frutas, como de banana que deixo apurar com um pouquinho de água. Como o açúcar está em todos os lugares, onde conseguirmos controlar já é lucro. Os sucos de caixinha que normalmente vão para o lanche das crianças é puro açúcar e tinta, evite, procure marcas mais naturais que não contém açúcar (Ceres, Suvalan, sucos integrais de garrafa, etc). Dê preferência a biscoitos ao invés de bolachas recheadas, chocolate amargo 70%, etc.

Se conseguimos reduzir um pouco por vez e aprender as substituições, já estamos enganando a bruxa má.

Um comentário:

  1. Pois é Lê, o certo é bani-lo mesmo, mas é bem difícil, né?! Mas realmente é uma "droga".

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